5 de fev. de 2023
Contos e Encantos: AMOR E SOLIDÃO
Contos e Encantos: HELENA, AMOR E HONRA
Contos e Encantos: AMOR E SOLIDÃO
4 de fev. de 2023
Contos e Encantos: Uma História Real
Uma História Real
Março do ano dois mil e dezessete, sem aviso prévio o destino abriu uma fenda com quilômetros de profundidade e sepultou parte dos meus sonhos. A vida estava em estado de graça, e por incrível que pareça nunca deixei de agradecer, e até mesmo de me perguntar se eu merecia tanto. Mas m uma madrugada minha filha mais nova decidiu sair desse planeta, possivelmente se cansou de ver tantas injustiças e resolveu voltar para casa, nas dimensões superiores. Acostumado a abraçá-la, admirar seu lindo sorriso e falar sobre os nossos planos para o futuro, tive que encontrar forças para segurar seu corpo e olhos semiabertos como se olhasse meu sofrimento e dissesse, você me ensinou a ser forte.
Passei levemente a mão sobre seus olhos e os fechei. Não se preocupe, nunca iremos nos separar, o nosso amor é um elo inquebrável. A tarde fui ao instituto médico legal para acompanhar a liberação do corpo, em uma sala vizinha uma moça me chamou, pensei que seria para entregar a autorização. Me enganei, ao entrar havia no local um rapaz e uma moça, perguntaram se eu poderia doar as córneas da minha filha. A resposta foi imediata. Não. Mesmo assim me agradeceram pela atenção.
Ao passar pela porta meu corpo travou e a minha consciência perguntou: Não por que? Você é capaz de suportar a dor e transformá-la em um gesto de amor. Sua filha sempre lhe viu diferente em um mundo de tantas coisas comuns, uma moça que passou seis meses em trabalho voluntário em um hospital de tratamento para bebês prematuros, jamais diria não a uma doação de órgãos, mesmo que fosse você, ela diria sim, pela vida.
Voltei e disse ao pessoal da coleta: Me arrependi, quero fazer a doação. Assinei a autorização e a moça indagou se queria que ela me enviasse via e-mail nome e endereço da pessoa que recebeu as córneas. Não, agora é não mesmo, o importante é que essa pessoa possa ver as cores do mundo, já que as belezas em si, são invisíveis. Já havia sentido muito com perdas de irmão, pai, e parentes, mas cada dor é diferente. Não existe um dia que eu não lembre de nossas brincadeiras, seu sorriso, um furinho de beleza na face, e principalmente a grandeza que tem na alma.
Se aproxima o sexto ano sem ela aqui na terra, mas nunca deixei de vê-la, nunca perdemos contato, e sabem por que? Porquê o nosso amor é real, e e mesmo em mundos distintos, seremos sempre eu e a Pida, a minha querida Lê. A todos vocês um alerta, nunca deixem para dizer ama amanhã, esse dia poderá não existir, o destino não tem aviso prévio, e só existe um jeito de não perder contato com quem sai daqui, é amar enquanto temos essa oportunidade única. Essa história é real, é minha história.
A.L.Bezerra
3 de fev. de 2023
Contos e Encantos: O Alien e o Cetro de Ouro
O Alien e o Cetro de Ouro
Era madrugada de um Domingo, um Alien pousou em uma praia. A maré estava baixando e deixando na areia algas e alguns búzios sem vida, mesmo assim as pedras que ficaram a mostra mostrava uma beleza fantástica, pequenos e grandes círculos de pedras cheios de peixinhos e crustáceos, sem muito sobre o mar, imaginou ser um enorme lago que estava secando. Retirou um cero de outro e perfurou a areia com ele deixando visível apenas metade dele, e ficou de costas para cetro olhando o mar e o movimento das ondas.
O sol começou a colorir as ondas e os banhistas começaram a chegar, de todos os lados os frequentadores surgiam, um homem olhou o estranho de costas e teve a péssima ideia de se aproximar do artefato e lavá-lo. Ao tocar no cetro, o Alien perguntou: Aqui é assim? Tocam no alheio sem permissão? O homem recuou um pouco e indagou de que era feito aquele objeto.
-Ouro puro, mas só um guardião poderá arrancá-lo da areia..
-O homem ficou parado por alguns segundos, depois em uma ação rápida tentou arrancar o cetro e correr, mas o objeto não cedeu um milímetro, ele saiu e chamou algumas pessoas, encontrei um objeto de ouro mas não consegui tirar da praia, vamos lá, ficaremos ricos. Os se entusiasmaram e correram na direção do estranho, e sem êxito vieram outras e outras pessoas.
O Alien virou-se para a multidão e perguntou: Que planeta é esse?
A Terra, um planeta das mais diversas inteligências
Pelo visto gostam muito de ouro ou dos pertences alheios, vou presentear os três primeiros que tocaram no cetro, e eles se apresentaram. O Alien segurava três anéis de ouro, e indagou se realmente eles queriam, queremos sim responderam.
O Alien presentou aos três e alertou, é saírem rápido, talvez nessa multidão exista alguém igual a vocês e queiram tirar o que não lhes pertencem. Arrancou o cetro, abriu os braços e surgiram asas enormes, guardou o artefato debaixo de uma delas e voou rumo ao sol, em seguida os três homens saíram e a correria começou perseguindo eles. É a tal da colheita, resmungou um velhinho vendedor de picolé.
A.L.Bezerra
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