Somente alguns membros da tripulação sabiam o plano do patrocinador da viagem. No dia do embarque era uma alegria total, a chamada era feita pelo número de inscrição, as pessoas iam se acomodando, e esperavam ansiosas a hora de levantar a âncora. A ultima família a subir,foi a de um casal e uma filha de quatro anos. Enquanto aguardava a chamada, a menina brincava com uma borboleta. E quando embarcou, a borboleta pousou nem seu ombro, e foi junto com ela.
Durante o dia só navegaram, o homem queria explorar nas águas bem distante da costa e disse ao comandante, que iria iniciar a exploração no terceiro dia. Anoiteceu, a maioria dos tripulantes foram para os aposentos. A menina havia esquecido a borboleta, mas ao deitar-se, a borboleta pousou na ponta do nariz dela, de forma que as antenas da mesma, estavam próximo aos olhos dela.
A menina sorriu, e com toda inocência perguntou perguntou: Oi, quer falar comigo? Sim, mas não fique assustada. Areação foi imediata, um grito, mamãe, a borboleta falou. Calma minha filha, você estava sonhando, não mamãe, a borboleta que está no meu nariz, falou comigo. A mulher acendeu uma luz, olhou para a filha, e não viu nenhuma borboleta, sorriu e disse: volte a dormir e sonhar com a sua borboletinha, e a envolvendo com um cobertor, a beijou a apagou a luz.
O claro existente no ambiente, deixava tudo visível, e quando a menina colocou a mão no nariz, tentando pegar a borboleta, a mesma se transformou em um pirilampo de luz azulada, e disse: pedi para você não gritar, e ela tremendo de medo só balançou a cabeça concordando.E ele disse: Sou uma fada, e vou estar com você durante muito tempo, precisa confiar em mim, e não comentar mais sobre a minha existência, vim para lhe dar proteção, porque esse não é um passeio, é uma expedição pirata.
Na proporção que ele falava, ela ia ficando mais tranquila, parou de tremer,os cantinhos da boca já anunciavam um sorriso. Voltando a sua condição de borboleta, ela falou, melhor assim, seremos amigas, e amigas de verdade, e batendo com uma de suas antenas no olho da menina, selou um pacto de amizade.
Só você consegue me ver, e ninguém mais, se falar que conversa comigo, vão rir de você, e lhe chamar de louca. Daqui a dois dias vão tentar pescar um grande peixe dourado, só que não é um peixe, é um guardião do mar, e ele vai fazer muito barulho,e um grande estrago nesse barco, não entre em pânico, não vai morrer ninguém, mas o rumo dele vai mudar, ele vai parar em uma grande ilha, a ilha do medo.
A menina adormeceu, Ao amanhecer, a mão foi acorda-la para o café da manhã, e durante o café perguntou: E sua a sua borboleta falou o que com com você? Que borboleta mamãe? A do sonho, ah, dormi tão bem que esqueci do sonho, todos riram, e foram se divertir no passeio.
O dia decorreu normal, e no dia seguinte, na hora do café da manha, ela comentou: Hoje vai ser um grande dia, e o pai dela perguntou por que, elas respondeu, por causa de um grande peixe dourado, o homem riu, é vai ser mesmo um grande dia.
Ainda de forma tímida, a tripulação iniciou algumas atividades diferentes da rotina, preparavam redes de pesca, arpões, iscas, e nada de especial tinha acontecido. Já no fim da tarde, os últimos raios solares refletiam nas águas mansas, no meio do oceanos, de repente, um enorme alvoroço, gritos e correria, todos a postos, preparem as redes, ele é nosso, não o deixem fugir. Os tripulantes curiosos, se aproximavam das laterais do barco para verem o que estava acontecendo, e viram um enorme peixe dourado, nadava tão tranquilo, que parecia estar posando para os fotógrafos, eram enorme, e quando os raios do sol clareava sobre ele, parecia uma grande tocha dentro da água.
Quando iniciaram a pesca, muitas pessoas protestaram, porque pescar, se era só um passeio, não era legal matar aquele peixe, se tinham suprimentos necessários para a viagem. E para surpresa de todos, apareceram homens armados e disseram que ninguém criasse problemas, e nem protestasse com a decisão do comando.
Depois de muita luta, conseguiram pescar o peixe dourado, quando levantaram as redes, ele surgiu em pé na rede, e soprou no mastro, e o partiu em dois, partindo a vela meio a meio. O barco começo a girar, peixes e criaturas marinhas, faziam um movimento uniforme, transformando as águas mansas em um grande funil. Relâmpagos cortavam o céu, o vento balançava o barco, as marés subiam assustadoramente, e o desespero tomou conta de quase todos.
Os pais da menina, procuravam a proteger da melhor maneira, e ela falando baixinho ao ouvido da mãe, disse: Não precisa ter medo, não vai morrer ninguém, o barco vai parar em uma ilha, diga a papai, que vai dar tudo certo, e eles não vão levar o peixe dourado, a mulher discretamente passou a mensagem, e enquanto a luta continuava para segurar o peixe, o mesmo desapareceu, deixando ma redes vazias, mas o barco levado pala força do vento e das ondas, já de noite parou em uma ilha.
Cansados e assustados, sentaram-se na areia, ainda pensaram seguir até a ilha, ma de longe ouviam gritos e lamentos, e apavorados com aquilo, desistiram de seguir.
Pela manhã viram que o barco estava destruído, e ir na florestar cortar madeira para reconstruir o barco. Ao entrarem, e viram muitas joias nos caules das árvores, e quando do alguns tentaram pegar, a árvore falou: São minhas, se não lhe pertence porque quer pegar? Por esse maldito costume de só pensar em se dar bem, sem saber respeitar os outros e a natureza,é que estou plantado aqui, por muitos anos, ou para sempre.
Depois disso, desistiram das joias, para em frente a uma grande árvore, e o colecionador disse, vamos derrubar essa, só ela vai ser o suficiente para construir um barco. Quando deram o primeiro golpe na árvore, ela deu um grito tão grande, que a ilha tremeu, eu inaugurei essa ilha, milhares já tentaram me destruir, mas eu sobrevivi, quando meu barco naufragou, eu troquei a minha liberdade, para libertar todos que estavam comigo, fiquei só, precisava pagar pelos meus erros, e já estou próximo a ganhar a minha liberdade, vão procurar as árvores mortas.
O homem entendeu que todo o problema por qual estavam passando, era culpa dela, pela ganancia e por não ter falado a verdade sobre as suas intenções da viagem. Chamou todos e informou que nenhuma joia poderia ser tocada e que nenhuma árvore deveria ser cortada, iremos procurar as árvores mortas. Anoiteceu, e todos dormiram próximos uns aos outros para a segurança de todos. Durante a noite, a borboleta conversou com um pequeno arbusto, e esse levou todos os calçados dos náufragos. Ao amanhecer o dia, seguiram descalços, procurando as árvores mortas, o solo perecia ser feito de espinhos, alguns, os pés já estavam sangrando, e andaram alguns metros viram uma pequeno rancho, chegaram até lá e entraram, viram uma estante com vários tipos de calçados, e gravado na estante: feito para você. Todos escolheram seu par de calçados e voltaram para procurar as árvores mortas.
Algo muito estranho começou a acontecer, alguns ficaram pesados e começaram a afundar, enquanto outros ficaram leves e começaram a voar. Os que afundavam, iam criando raízes e se transformando em novas árvores, os que conseguiam voar, foram levados por um grande pássaro até seus destinos,e a borboleta fez um brave comentário, vocês aprenderam a lição, mas não divulguem esse estória, não vão acreditar em vocês, o importante é que vocês aprendam com ela.
Antônio Lopes Bezerra