Era uma vez, em um reino que celebrava o milésimo ano da construção do primeiro castelo, a rainha anunciou que o guerreiro mais forte seria condecorado com um escudo real. Dois jovens guerreiros se enfrentaram em um duelo às margens de um rio, ladeado por duas montanhas gigantescas. Tão altas eram essas montanhas que, ao olhar para baixo, o rio parecia um fino traço de giz.
Fortes, destemidos e determinados a vencer, os guerreiros iniciaram o combate. As espadas tiniram e brilharam com a intensidade de um raio em uma noite escura. O desejo de vitória parecia superar suas próprias forças, e o ego de cada um desafiava os valores da vida. A luta, que começara à tarde, avançava para a noite.
Um louva-a-deus, pousado no galho de uma árvore, observava a batalha entre os dois guerreiros. Incomodado pelo barulho das espadas, ele saltou entre eles e gritou: “Parem a luta!” Apesar de sua pequena estatura, seu grito paralisou os combatentes. Lentamente, o louva-a-deus começou a crescer até alcançar o tamanho dos guerreiros. Limpando suas garras, ele calmamente perguntou: “Por que estão lutando? Deve haver um motivo especial para arriscarem suas vidas.”
“Competiremos até a morte. Apenas um de nós será condecorado no dia da festa.”
O louva-a-deus balançou a cabeça e comentou: “A festa do castelo de mil anos… A rainha prometeu condecorar os mais fortes, não os mais valentes, muito menos os mais tolos.”
Nenhuma dama será conquistada pela força de uma espada. Pensem em algo diferente, algo que se aproxime da nobreza de um castelo milenar. Sejam distintos dos guerreiros que só conhecem a força bruta. Estarei lá para ver vocês entregando seus poemas. Retornou ao seu tamanho original, saltou para o galho e descansou.
No dia da celebração, muitos guerreiros se apresentaram e compartilharam suas façanhas. Um deles, com uma grande cicatriz no rosto, ofereceu sua espada à rainha e disse: “Minha rainha, esta espada carrega as marcas do meu sangue, provando minha lealdade.”
Os dois guerreiros orientados pelo Louva-a-deus entregaram à rainha dois envelopes. Em seguida, ela mesma leu os poemas para todos os presentes. Em sinal de gratidão, nomeou-os guardiões do palácio, e suas faces seriam esculpidas nas colunas de acesso ao castelo.
Em tempos de guerra, forte e valente são os que sabem amar, os tolos não tem tempo para pensar no próximo, porque não conseguem pensar nem em si mesmos. todos nós temos um espinho na carne, a dor que ele provoca, é fundamental para que sejamos melhores, e, com a consciência de que não somos superiores, precisamos o quanto antes aprender a amar.
"O conhecimento é um farol na escuridão"
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