A encantadora e tão procurada felicidade, mas por que será que ela se esconde tanto? Ou talvez a gente a gente passe por ela e não consiga vê-la. Certa vez um homem saiu para trabalhar na roça, e no caminho reclamava muito da vida difícil, levantar cedo, encarar sol e chuva, entrava e saía ano e nada mudava para melhor. Parou na beira de um riacho e ficou observando alguns peixes que nadavam na margem.
Um deles por algum motivo tinha as nadadeiras comprometidas mesmo assim nadava junto com os outros, com menor velocidade é claro, mas parecia feliz. De repente surgiu umas ondas na água e de dentro delas um voz falou: Seja feliz.
-Como? respondeu o homem.
-Elimine alguns dos monstros que lhe acompanha, e viverás bem melhor.
-Aqui não existe monstros.
-É dentro de você mesmo, a ganância, a ingratidão, o ódio, a inveja, e muitos outros que não vou precisar citar, você que os alimentam, sabe quem são.
-Mas todo mundo é assim e vivem bem melhor que eu.
-Esse é o segredo, você não conhece seu próprio mundo, imagine o dos outros.
-Tô louco, conversando com uma voz maluca e sem sentido, jogou algumas pedrinhas no riacho e foi em embora resmungando.
- Já vai? sem ao menos perguntar quem sou?
-Não interessa quem seja, fui.
-Eu sou a felicidade.
-O homem voltou correndo e fez várias perguntas, as águas estavam novamente serenas e ela havia ido embora.
É difícil ser feliz, muitas precisamos perder para saber que tínhamos, a encantadora felicidade, tão procurada, pode também lhe visitar, mas é necessário recebê-la, nem sempre ela vai se apresentar, vai chegando devagarinho, se instalando, e quando menos se espera a vida melhorou, acreditar nessa possibilidade, é um convite para que ela lhe visite.
A.L.Bezerra
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