Tempo apocalíptico, em que o universo faz alguns ajustes tentando encontrar o despertar da consciência humana. A economia mundial que até pouco tempo enrolava-se em lenços por chorar miséria, em um passe de mágica descobriram um tesouro de bilhões e trilhões para tentar minimizar uma pandemia mundial. A pergunta que fica no ar é a seguinte: Será que se tivessem tentado controlar os monstros da ganância e da violência, estaríamos nessa calamidade? Desmataram, explodiram, exploraram discriminadamente, escravizaram, e agora? Morrem ricos e miseráveis e quase todos sem direito a um velório.
No tempo das dez pragas do Egito, o mundo estava mergulhado em violência, desobediência e destruição. Muitos morreram, outros sofreram e a maioria dos sobreviventes esqueceram, e depois das pragas proliferaram as suas maldades. Tomaram cidades, dizimaram povos, feriram a liberdade, e entenderam que o poder venceria o amor, não foi isso que aconteceu. O amor venceu o poder com os gritos de dor e as lágrimas do silêncio. Palmas, gemidos e canções, superaram o som das correntes dos infelizes algemados nos porões dos navios.
Senhores detentores do poder, nunca imaginaram o tamanho da força dos tambores, batuques e cirandas nas quizombas sob o clarão da lua, e enquanto bebiam vinhos e conhaques, os acorrentados bebiam lágrimas, lembrando a liberdade perdida. Ah, enquanto o ouro e as pedras preciosas ostentava os palácios, o universo anotava em seu diário, e agendava o tempo de cobrar tanta desigualdade. O tempo apocalíptico não se refere a religiões, crenças, nem crendices, é simplesmente o universo em seu ajuste de contas, e ninguém vai conseguir se esconder, ele achará todos nós.
Somos raízes de árvores ancestrais, com frutos em sem não importa, somos todos filhos da terra e deveríamos olhar para ela e ver a nós mesmos. É um tempo delicado, quem não conseguia ver os próprios pés, começaram e curvarem pelo medo da morte, é tempo de aprender e amar. No livro O Enviado de Órion, Malin saiu da zona de conforto de uma constelação para viver e sofrer entre nós com um objetivo simples, falar da necessidade de amar e de entender que se cada um de nós amar e respeitar, aqui um dia ainda será habitável com qualidade de vida.
Não podemos ignorar de que somos todos diferentes, mas a matéria é a mesma, se o oleiro se preocupa com o vaso que molda, precisamos nos preocupar uns com os outros e adquirir sabedoria para controlar as nossas múltiplas personagens, e ter a certeza de que o universo é um berço de segredos, e que ao nosso modo de ver e julgar parece ser justo ou não, tem uma explicação! Somos todos dia e noite, mesmo que involuntariamente, não podemos desperdiçar esse precioso tempo que temos agora, sem visitar as nossas tantas moradas. E aí quando isso passar, quem não esquecer, construirá um mundo.
A.L.Bezerra.
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