28 de fev. de 2014

HELENA, AMOR E HONRA



Quando Paris o filho mais novo do rei troiano Priamo,  raptou Helena a mulher do espartano Menelau rei de Esparta, provocando uma grande guerra entre gregos e troianos, seria quase impossível acreditar que uma  guerra durasse tanto tempo,  em  defesa de interesses pessoais, fazendo com que milhares de vidas fossem sacrificadas.

Mesmo Helena sendo muito bonita, Troia e Esparta tinham mulheres lindas e guerreiras, Possivelmente Paris  se envolveu cum um dos mais perigosos sentimentos: A emoção. Quando nos envolvemos emocionalmente permitimos que a razão fique em planos secundários, e na maioria das vezes tais planos  ferem dignidade e honra nos obrigando a defendê-las sob o risco de perdermos o amor a nós mesmos. Tantas famílias já entraram e litígio por situações parecidas, pessoas que se julgam melhores que outras, pais que tentam escolher qual a pessoa ideal para filhos(a), fazem julgamentos precipitados e tentem encontrar motivos de convencimento. Cito um como exemplo, quando jovem usava cabelos longos, dançava rock, bebia algumas geladas, mas sempre que ia sair para uma festa , meu pai me chamava, e entre muitas orientações era aprender a ouvir o não de uma mulher. Lógico, eu era jovem, me achava bonito, esse detalhe me qualificava como um conquistador. Conquistador e jamais um arrogante, e as garotas gostavam disso. Devido ser cabeludo e roqueiro, um dia no mercado um homem falou que preferia que a filha dele namorasse com o meu pai, porque era um cidadão, e eu falei: O senhor não pode decidir por ela, pergunte a sua filha qual dos dois ela prefere, mais para não criar um atrito familiar, terminamos o namoro,  sempre entendi que emoção e razão desfilam em passarelas paralelas.
 Imagino que a guerra de dez anos não foi pelo  rapto, foi uma questão de honra.  Talvez Paris tenha pensado em devolver Helena, mas temeu pela vida dela e provocou uma guerra de dez anos.
Analisando por essa ótica  ele estava certo, entregar Helena em condição de risco, seria igual a cabeça de João Batista na bandeja. Helena, amor e honra, a bela mulher talvez tenha ganho um amor, mas perdeu a paz, principalmente a paz de espírito. Milhares de vidas sacrificadas , mais a permitiria viver em liberdade com a consciência. Ah, quem foram os grandes responsáveis pala matança, só sei que de tanto pensar sobre o que fazer para melhorar o mundo, os meus lindos cabelos longo, me abandonaram.

A.L.Bezerra

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